terça-feira, 6 de dezembro de 2011

UNIÃO IBÉRICA

Apesar da produção  de açúcar ter tido um desenvolvimento significativo durante o período colonial, muitos problemas e crises ocorreram na época. Os colonos do Nordeste enfrentaram tumultos por causa das invasões holandesas.
A Holanda esteve presente em todas as etapas ligadas á construção dos engenhos.Financiou empreendimentos, forneceu equipamentos para se produzir açúcar e para que houvesse um desenvolvimento melhor da atividade comercial. Os holandeses tinham autorização para atracar nos portos das colônias portuguesas afim de comprar e até mesmo revender o produto, transportá-lo, refiná-lo e distribuí-lo pela Europa.
Portugal enfrentava problemas políticos e econômicos na época e os custos com a manutenção das posses orientais eram exorbitantes e isso levava a coroa a ter lucros que não eram tão expressivos com as especiarias. A busca de novas conquistas no continente africano era intensa e grande.Quando o rei D.Sebastião faleceu, ele não deixou nenhum herdeiro. A morte do seu tio e sucessor conhecido como Cardeal D.Henrique acabou ocasionando uma séria crise de âmbito político pelo fato de não haver  descendentes portugueses propriamente ditos  e diretos que pudessem assumir o trono.
Por isso a questão sucessória foi resolvida com a União Ibérica. O rei da Espanha cujo nome era Felipe II (descendente, por parte da mãe, da casa real portuguesa) invadiu o reino vizinho e derrotou outras pessoas interessadas em assumir o trono lusitano.O reinado de Filipe II estendia-se aos Países Baixos (Holanda e Bélgica). Algumas províncias lutavam para se tornar independentes da Espanha. Com isso, holandeses invadiram e conquistaram territórios espanhóis, principalmente aqueles destinados ao tráfico negreiro na áfrica e á produção de açúcar na América portuguesa.
Nesse contexto, a invasão holandesa do Nordeste foi promovida pela Companhia das Índias Ocidentais que detinha o monopólio do comércio na América e na África.
O primeiro ataque foi na Bahia para tomar a cidade de Salvador que era a sede da administração colonial. O primeiro ataque foi bem sucedido, mas depois não porque os invasores foram obrigados a deixar a cidade.A derrota em Salvador mostrou a necessidade de se buscar, na região do açúcar, uma área menos protegida, todavia com relevante valor econômico.E o local escolhido foi a capitania de Pernambuco, ao norte da Bahia.
Os holandeses atacaram o litoral pernambucano e depois de muitos confrontos com tropas portuguesas e proprietários locais, apoderaram-se da região. A sede do governo holandês, foi em Holinda e depois em Recife. Outros ataques levaram á invasão do Nordeste, desde Alagoas até Rio Grande do Norte.
Depois os senhores de engenho aceitaram a dominação ao notar que o interesse dos invasores era controlar o comércio de açúcar deixando de lado suas propriedades. Os holandeses promoveram transformações na vida colonial nordestina, introduziram diferentes costumes e hábitos e fizeram importantes construções em Recife.
Uma nova cidade foi erguida, chamada de Maurícia. E quando Portugal recuperou sua independência, a situação do reino mudou.O período da administração de Maurício de Nassau marcou um intervalo de guerra entre invasores e colonos. Sua saída do comando do governo holandês no Nordeste, pôs fim a esse período de trégua.

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